terça-feira, 3 de julho de 2012

Serviço Geológico do Brasil: 158 mil vivem em áreas de alto risco


Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil identificaram 158 mil moradias em áreas de alto risco, onde vivem 658 mil pessoas, nos 138 municípios mapeados até agora. O levantamento foi pedido pela presidente Dilma Rousseff após a tragédia de janeiro do ano passado na região serrana do Rio.

“O objetivo é concluir o trabalho nos 286 municípios considerados mais críticos até o fim do ano. Temos muita gente morando em áreas de risco alto e muito alto, suscetíveis a desastres naturais”, disse o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico, Thales Sampaio. “As áreas identificadas não são próprias para moradia, exigem ação estrutural ou remoção (de moradores)”, completou.

Os dados, levantados por um grupo de 50 geólogos, são encaminhados para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

Ocupação desordenada

“A favelização é uma decorrência da ocupação inadequada do território, um problema histórico no Brasil. O nosso trabalho é identificar as áreas de risco. No fim do governo vamos saber onde estão as mais perigosas do país. Serão 821 municípios até 2014. Não vai ter mais como um prefeito dizer que não sabia [que havia casas em áreas de risco]”, acrescentou Sampaio.

Entre os municípios já analisados estão dois considerados críticos no Acre, 58 nos nove estados da Região Nordeste e o restante em todos os estados do Sudeste e Sul do país. “Embora tenhamos problemas em toda a parte, a situação mais critica é no Sudeste, em função da maior concentração populacional e da ocupação de encostas e morros”, disse.


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