Foto: Nasa |
Pesquisadores do Reino Unido finalmente conseguiram identificar precisamente e medir os impactos da evasiva bi-radical Criegee- uma molécula atmosférica que pode ser uma das chaves para brecar o avanço da mudança do clima. Ela se forma quando o ozônio reage com o alqueno – as moléculas resultantes podem reagir com poluentes como dióxido de enxofre e óxido nítrico. A reação final produz aerossóis, minúsculas partículas que refletem a radiação solar de volta para o espaço.
Embora todo o processo tenha sido hipotetizado por Rudolf Criegee nos anos 1950, não se sabia que ele era um fator importante no resfriamento da atmosfera. Com o resultado do estudo recente, os cientistas dizem que devemos levar os bi-radicais mais a sério – aparentemente, sua capacidade de resfriar a atmosfera é muito mais poderosa do que se imaginava.
Os cientistas explicam que não estão próximos de produzir bi-radicais Criegee de forma que lhes permita serem usados para uma geoengenharia da atmosfera – embora eles não descartem a possibilidade. 90% dos alquenos que reagem com ozônio na atmosfera vêm dos ecossistemas da Terra – embora uma pequena quantidade deles se origine da produção de petróleo, a vasta maioria vem das plantas. Os cientistas afirmam não saber se poderão produzir a substância artificialmente, mas são enfáticos ao dizer que a preservação da dinâmica natural do planeta é o melhor meio de liberar estas moléculas. O estudo acaba de ser publicado pela Science e foi conduzido pelas universidades de Manchester e Bristol e pelo Sandia National Laboratories, informa o Inhabitat.
José Eduardo Mendonça- Para Planeta Sustentável
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