Fórum de Habitação de Interesse Social discute prevenção de desastres

O segundo dia do 59º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, em Brasília, começou com debates sobre “Ações preventivas e de reconstrução de áreas afetadas pelos desastres naturais”. São Bernardo do Campo, Alagoas e Pernambuco, que foram os vencedores do Selo de Mérito nesta categoria, apresentaram seus projetos.

Para o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Mounir Chaowiche, que também preside a Associação Brasileira de Cohab’s e Agentes Públicos de Habitação, estes projetos servem como exemplo a outras instituições para evitar que os desastres naturais prejudiquem famílias.

“O grande desafio é colher as boas ideias apresentadas aqui para construir propostas preventivas junto com o Ministério das Cidades e com o Ministério da Integração Nacional, que são nossos parceiros efetivos em todos os momentos”, disse Chaowiche.

De acordo com o presidente da Cohapar, estados e municípios devem se preocupar com o planejamento de remoção das famílias de áreas de risco. “Não podemos esperar que aconteça uma catástrofe para agir, temos que pensar antes e evitar que pessoas sofram perdendo suas casas ou até mesmo perdendo familiares”, disse.

O diretor da secretaria nacional de programas urbanos do Ministério das Cidades, Celso Carvalho, afirmou que o governo federal apóia estados e municípios na reconstrução de cidades, bem como nas ações de prevenção. “Nossa função é apoiar, pois quem tem capacidade de implementar as ações são os órgãos estaduais e municipais. A dívida social do Brasil é muito grande. Além de programas habitacionais precisamos de programas específicos de gestão de risco”.

Carvalho lembrou que o governo federal instituiu um programa de gestão de riscos. “Estamos investindo mais de R$ 30 milhões em urbanização de assentamentos precários e na ação de prevenção de desastres que são os deslizamentos de encostas e inundações. Trabalhando juntos, governo federal, estados e cidades podemos mudar a realidade social brasileira”.

Ricardo Martins da Silva, analista de infraestrutura do Ministério da Integração Nacional, falou sobre a atuação da pasta e explicou como é a liberação de recursos para ações de desastres naturais. “Temos a prevenção e a atuação em situações de emergência. Há casos em que a liberação de recursos é imediata. Em outros, porém, precisamos de uma análise mais detalhada”, explicou.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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