Filme de 28 minutos legendado pelo Centro de Informação da ONU no Brasil mostra negociações, acontecimentos e curiosidades Cúpula da Terra de 1992.
Para entender o presente, é preciso relembrar o passado. Por isso, a aproximadamente sete meses da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio) disponibiliza o documentário “A Cúpula da Terra – Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992)”. O filme é uma oportunidade única para entender as negociações, os acontecimentos e as curiosidades do evento marco nas discussões em torno de desenvolvimento sustentável.
Não é só de ideais e reuniões que se faz uma Conferência Global. Por trás da tentativa de se firmar acordos, existem opiniões, gafes, protestos, personalidades e acontecimentos que, em alguns casos, moldam para sempre a história da política e da diplomacia internacional. E, na Cúpula da Terra de 1992, a mais importante conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento já realizada, não seria diferente.
Paralelamente às reuniões políticas, artistas, organizações não governamentais, ativistas e indígenas realizavam sua própria Cúpula da Terra, com fins de monitorar o trabalho da conferência oficial. Atitude justificável. Afinal, houve propostas curiosas e atípicas para discussões ambientais como a do Presidente de Uganda, Yoweri Kaguta Museveni: “Se vocês (países industrializados) não nos derem o dinheiro nós vamos cortar as nossas árvores”.
Fora essas gafes e curiosidades, o filme relembra os principais pontos conhecidos da Cúpula da Terra: as palavras de cobrança da jovem canadense; os diferentes pontos de vista em torno da responsabilidade dos países; os intensos protestos da resistência dos EUA em assinarem a Convenção de Biodiversidade; a complexidade social do Rio de Janeiro; e, principalmente, a transformação da Conferência em uma referência absoluta para discussões sobre desenvolvimento sustentável. Discussões essas que terão um novo ponto alto na Rio+20 em junho de 2012.
De olho no futuro e nos protocolos ambientais que não foram cumpridos, os votos ditos no filme do então Secretário-Geral da Cúpula da Terra, Maurice Strong, são relembrados para a Rio+20: “Não acredito que a população vá permitir que seus líderes esqueçam o que eles fizeram aqui nem o que eles não fizeram por completo ou adequadamente. Nós temos que assegurar que o caminho do Rio seja rápido, seja uma via rápida para a ação, para implementar o que foi feito aqui, para que o Rio não seja um ponto final.”
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