quarta-feira, 15 de agosto de 2012

INPE estima emissões por desmatamento na Amazônia


A redução do desmatamento na Amazônia brasileira, a partir de 2004, resultou em queda de 57% das emissões de dióxido de carbono (CO2). Isso significa que o desmatamento na região representa cerca de 1,5% de todo carbono antrópico lançado globalmente para a atmosfera. Os dados são do INPE-EM, novo serviço lançado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos.

Desenvolvido por pesquisadores do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) em parceria com a Coordenação de Observação da Terra (OBT) e o Centro Regional da Amazônia (CRA), além de instituições colaboradoras nacionais e internacionais, o novo modelo gera resultados a partir dos dados do PRODES, sistema baseado no monitoramento de satélites do próprio INPE que calcula o quanto a Amazônia perde de floresta primária a cada ano.

“Nesta versão inicial, o sistema INPE-EM provê estimativas anuais para toda a Amazônia Brasileira e por Estado na região até 2011. São apresentados ainda indicadores para acompanhamento das reduções de emissões após 2006, tomando como base a média de desmatamento 1996-2005”, explica a pesquisadora Ana Paula Aguiar.

O novo serviço traz informações imprescindíveis para quantificar os impactos da perda da floresta para o balanço global de gases na atmosfera, assim como para monitorar os efeitos de ações para reduzir as emissões.

Cerda de metade da biomassa florestal é composta por carbono, que é liberado na forma CO2 pelas queimadas, desmatamentos ou outras alterações no uso da terra. A velocidade da transferência de CO2 para a atmosfera está relacionada às causas do desmatamento – exploração madeireira, estabelecimento de pastagens para pecuária, agricultura mecanizada de larga escala, agricultura familiar, etc.

Todos os resultados da estimativa de emissões de gases de efeito estufa (GEE) por mudanças de cobertura da terra estão disponíveis na internet: www.inpe.br > Produtos e Serviços > Amazônia > INPE-EM.

O INPE-EM utiliza o modelo descrito no artigo científico recente de Aguiar et al. (2012)

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