quinta-feira, 5 de abril de 2012

Áreas de alerta de desmatamento aumentaram entre agosto e março


Área é maior que apurado entre agosto de 2010 e março de 2011, quando somou 1,37 km²


As áreas de alerta para desmatamento cresceram no período entre agosto de 2011 e março deste ano. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quinta-feira (05/04/12) pelo Ministério do Meio Ambiente, até março deste ano essas áreas somam 1,39 km², superior aos 1,371 km² apurados no mesmo período de ano anterior.


Segundo a ministra, esse número, apesar de ter crescido, aponta tendência de queda nas áreas desmatadas. Isso porque neste ano a mensuração das áreas de alerta foi mais abrangente, com menor incidência de nuvens nas áreas analisadas. Dessa forma, no Mato Grosso, os alertas aumentaram fortemente, em 98%, passando em fevereiro a 307 km² de áreas com possibilidade de desmatamento, ao passo que no mesmo mês do ano passado apenas um quilômetro havia sido detectado.

- Não temos aumento do desmatamento absoluto, temos um pico no Mato Grosso, em fevereiro. Tem tendência de redução, em termos reais - afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), sistema do Inpe utilizado para o levantamento, mensura as áreas com possível risco de desmatamento, e não apenas aquelas que já foram desmatadas. Dessa forma, o órgão destaca que os dados divulgados se tratam de áreas de alerta para desmatamentos, isso porque o satélite do DETER consegue identificar estágios anteriores ao de desmatamento, como o corte parcial de árvores mais baixas, a queimada, o plantio de mata rasteira para posterior queimada e, por fim, o corte raso de árvores, considerado o desmatamento.



‘Tem gente que está desmatando acreditando que pode ser anistiado’
Sobre o aumento dos desmatamentos no Mato Grosso, Izabella afirmou que pesquisas dos agentes nos locais podem indicar que há uma mudança no período desmatado, que antes acontecia mais fortemente nos meses de seca. Além disso, pode haver uma relação com o Código Florestal. Segundo a ministra, há relatos de que os desmatadores acreditavam em maior anistia com a lei ou ainda que o Ibama não teria poder de fiscalização e de aplicar multas:

- Algumas colocações foram feitas por pessoas na área, não sabemos se é verdade, mas sinalizam que ainda tem gente que está desmatando acreditando que pode ser anistiado. Um debate ligado ao Código Florestal e à lei estadual.

Além disso, Izabella aponta que houve um aumento de 363% dos alertas no estado de Roraima, entre agosto de 2011 e mês passado:

- Há varias indicações, uma delas é a de que você esta tendo migração da atividade madeireira do Pará para Roraima. Há associação também que pode ser de migração e atividades econômicas que levem a desmatamentos ilegais. Ainda não sabemos quando disso é ilegal. é obvio que está acontecendo algum fenômeno, e estamos observando – disse a ministra.


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